terça-feira, 25 de maio de 2010

DESAFIO

As pessoas em sua grande maioria desejam mudar o mundo. Pois, nele há muita fome, violência, maldade, indiferença, falta de caridade, de temor a Deus... E você o que tem feito para melhorar esse mundo?
O desafio é: Ama o teu Próximo.

domingo, 23 de maio de 2010

O PODER QUE AS PALAVRAS TÊM

"Saber ler e escrever corretamente a Língua materna além de ser uma prenda, é acima de tudo um dever", sendo esta a melhor maneira de festejá-la e respeitá-la. Olavo Bilac


Psiu! É com você mesmo (a) que eu quero falar: Alguma vez você já parou para pensar sobre o poder que as palavras exercem na simples forma de nos comunicarmos? Não? Pois é amigo (a), a palavra é extremamente poderosa; ela pode convencer, elogiar e criticar; fazer você sorrir ou chorar; manifestar carinho ou ofensa; libertar e oprimir; ela pode seduzir, confrontar ou derrubar; é muito importante também para reivindicar os nossos direitos. Mas, para conquistá-los precisamos saber qual a melhor forma de utilizar a palavra. Consciente disso antes de dizer algo que possa ofender (magoar) alguém, pense muito e meça as suas palavras. Saiba que uma vez proferida, nada mais poderá apagar o seu impacto.
Contudo, é óbvio que existem determinadas situações que exigem de nós sinceridade e em algumas ocasiões é necessário também dizer o que o outro não gostaria de ouvir. Melhor seria se não tivéssemos que decretar veredictos contra ou a favor de ninguém.
Geralmente, os conflitos entre as pessoas acontecem pela má colocação das palavras e por usarmos sempre como critério a nossa limitada opinião, ou melhor, o nosso ponto de vista. Assim, falamos muito, agredimos e criticamos, sem nos dar conta de que todos nós precisamos de palavras de incentivo para elevar a nossa auto-estima. Somos muito competitivos e adoramos elogios. Mas, porque será que ouvimos tão poucos? E já observou como nós nos boicotamos? Verdade. É bastante recebermos um elogio que rapidamente nos justificamos. Até parece que é mais fácil acreditar nas críticas.
Faça-me o favor de não dizer: “Falei sem pensar”. Poderia até acreditar que não se tenha calculado o impacto, o efeito que a palavra pudesse causar. Mas, o que foi exprimido é exatamente o que foi pensado e sentido naquele instante. Devo lembrar ainda que uma única palavra seja capaz de mudar toda uma situação. Pense nisso! E melhore seu relacionamento com as pessoas com as quais você convive diariamente, seja de âmbito familiar ou profissional.
Aprenda a lidar com as palavras e viva intensamente cada momento de sua existência.
Prof.ª Luciene Pinto Simões Izidro.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

sexta-feira, 14 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dia de Nossa Senhora de Fátima

Maio, Mês de Maria, Mãe do Messias

Fiz questão de enfatizar a letra M, por se tratar da primeira letra da palavra do sim de Maria ao anjo que lhe anunciava que ela seria a Mãe de Cristo: “Magnificat Anima Mea Domino” – Tradução: “A Minha Alma Engrandece ao Senhor”.
Este M que todo ser humano traz na palma da mão não é por acaso e sim pela confirmação da Divina Providência; que Maria é a mãe de todos os homens e mulheres, filhos e filhas de Deus. Olhando pela luz da ciência, a árvore genealógica das pessoas traz traços fisionômicos dos pais e parentes. Seguindo esse conceito conclui-se que este M é a identificação de que Maria está conosco do princípio ao fim, pela fé e pela graça do Deus da vida.
Ouvimos com certa frequência que Maria Santíssima teve outros filhos, além de Jesus Cristo. Até se entende tamanha incompreensão; o que não dá para concordar com esse absurdo é que Deus na sua onipotência permitisse que o ventre de Maria gerasse outro ser senão seu Filho Muitíssimo Amado. Comparo a virgindade de Maria Santíssima a um cristal, onde o sol penetra seus raios luminosos varando de um lado a outro, sem quebrar ou deixar marcas.
Apesar da incerteza e ingratidão de alguns de seus filhos, ela continua orando e velando por aqueles que perderam a fé e com seu manto protetor, cobre de bênçãos e paz toda a humanidade.

Meus amigos!
Não deixeis que a dúvida vos impeça de amar e respeitar Maria Santíssima.
Ó Maria, ilumina todas as pessoas que ainda não entenderam o sentido da relação entre mãe e filho.

Um abraço fraterno,

Lindinalva.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dia do Campo

Em homenagem a esse tipo característico brasileiro, a Brasil Cultura selecionou vinte e uma músicas que cantam a vida e o homem do sertão

ABC do sertão
Luiz Gonzaga / Zé Dantas
Lá no meu sertão
Pros caboco lê
Tem qui aprendê
Um outro ABC
O jota é ji
O ele é lê
O ésse é si
Mas o erre
Tem nome de rê
Até o ypsilon
Lá é pssilone
O eme é mê
O efe é fê
O gê chama-se guê
Na escola é engraçado
Ouvir-se tanto ê
A BÊ CÊ DÊ FÊ GUÊ LÊ MÊ NÊ
PÊ QUÊ RÊ TÊ VÊ e ZÊ

A triste partida
Patativa do Assaré
Meu Deus, meu Deus
Setembro passou
Outubro e novembro
Já tamo em dezembro
Meu Deus que é de nós?
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco nordeste,
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai
A treze do mês
Ele faz experiência
Perdeu sua crença
Nas pedra de sal,
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra,
Pensando na barra
Do alegre Natal,
Ai, ai, ai, ai
Rompeu-se o Natal
Porém barra não veio
O sol bem vermeio
Nasceu muito além,
Meu Deus, meu Deus,
Na copa da mata
Buzina a cigarra,
Ninguém vê a barra
Pois barra não tem
Ai, ai, ai, ai
Sem chuva na terra
Descamba janeiro,
Depois fevereiro,
E o mesmo verão,
Meu Deus, meu Deus
Entonce o nortista
Pensando consigo
Diz, isso é castigo
Não chove mais não
Ai, ai, ai, ai
Apela pra março
Que é o mês preferido
Do santo querido
Senhor São José
Meu Deus, meu Deus
Mas nada de chuva
Tá tudo sem jeito
Lhe foge do peito
O resto da fé
Ai, ai, ai, ai
Agora pensando
Ele segue outra tria
Chamando a famia
Começa a dizer,
Meu Deus, meu Deus
Eu vendo meu burro,
Meu jegue e o cavalo,
Nós vamo à São Paulo
Viver ou morrer
Ai, ai, ai, ai
Nós vamo à São Paulo
Que a coisa tá feia
Por terras aleia
Nós vamos vagar
Meu Deus, meu Deus
Se o nosso destino
Não for tão mesquinho
Cá pro mesmo cantinho
Nós torna a voltar
Ai, ai, ai, ai
E vende seu burro
Jumento e o cavalo
Inté mesmo o galo
Venderam também
Meu Deus, meu Deus
Pois logo aparece
Feliz fazendeiro
Por pouco dinheiro
Lhe compra o que tem
Ai, ai, ai, ai
Em um caminhão
Ele joga a famia
Chegou o triste dia
Já vai viajar
Meu Deus, meu Deus
A seca terrível
Que tudo devora
Lhe bota pra fora
Da terra natal
Ai, ai, ai, ai
O carro já corre
No topo da serra
Oiando pra terra
Seu berço, seu lar
Meu Deus, meu Deus
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar
Ai, ai, ai, ai
No dia seguinte
Já tudo enfadado
E o carro embalado
Veloz a correr
Meu Deus, meu Deus
Tão triste, coitado
Falando saudoso
Com seu fio choroso
Exclama a dizer
Ai, ai, ai, ai
De pena e saudade
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
Meu Deus, meu Deus
Já outro pergunta,
Mãezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato
Mimi vai morrer
Ai, ai, ai, ai
E a linda pequena,
Tremendo de medo,
“Mamãe, meus brinquedo,
Meu pé de fulô?”
Meu Deus, meu Deus
Meu pé de roseira
Coitado, ele seca
E minha boneca
Também lá ficou
Ai, ai, ai, ai
E assim vão deixando
Com choro e gemido
Do berço querido
Céu lindo e azul
Meu Deus, meu Deus
O pai, pesaroso
Nos fio pensando
E o carro rodando
Na estrada do Sul
Ai, ai, ai, ai
Chegaram em São Paulo
Sem cobre quebrado
E o pobre acanhado
Procura um patrão,
Meu Deus, meu Deus
Só vê cara estranha
De estranha gente
Tudo é diferente
Do caro torrão
Ai, ai, ai, ai
Trabaia dois ano,
Três ano e mais anos,
E sempre nos prano,
De um dia vortar,
Meu Deus, meu Deus
Mas nunca ele pode
Só vive devendo
E assim vai sofrendo
É sofrer sem parar
Ai, ai, ai, ai
Se arguma notícia
Das bandas do norte
Tem ele por sorte
O gosto de ouvir
Meu Deus, meu Deus
Lhe bate no peito,
Saudade de moio
E as água nos óio
Começa a cair
Ai, ai, ai, ai
Do mundo afastado
Ali vive preso
Sofrendo o desprezo
Devendo ao patrão
Meu Deus, meu Deus
O tempo rolando
Vai dia e vem dia
E aquela famia
Não vorta mais não
Ai, ai, ai, ai
Distante da terra
Tão seca mas boa
Exposto à garoa
À lama e aao paú,
Meu Deus, meu Deus
Faz pena o nortista
Tão forte, tão bravo
Viver como escravo
No Norte e no Sul
Ai, ai, ai, ai

Ave-Maria sertaneja
Júlio Ricardo / O. de Oliveira
Quando batem as seis horas
De joelhos sobre o chão
O sertanejo reza
A sua oração
Ave-Maria
Mãe de Deus Jesus
Nos dê força e coragem
Pra carregar a nossa cruz
Nesta hora bendita e santa
Devemos suplicar
À Virgem Imaculada
Os enfermos vir curar

Vaca Estrela e boi Fubá
Patativa do Assaré
Seu dotô me dê licença
Pra minha história eu contá
Se hoje estou em terra estranha
E é bem triste o meu pená
Mas já fui muito feliz
Vivendo no meu lugá
Eu tinha cavalo bão
Gostava de campiá e todo dia eu aboiava
Na porteira do currá
Eia
Eh eh eh eh vaca Estrela
Oh oh oh oh boi Fubá
Eu sou fio do nordeste
Não nego meu naturá
Mas uma seca medonha
Me tangeu de la pra cá
Lá eu tinha meu gadinho
Não é bom nem maginá
Minha linda vaca Estrela
E o meu belo boi Fubá
Quando era de tardinha
Eu começava aboiá
Eia
Eh eh eh eh Vaca Estrela
Oh oh oh oh Boi Fubá
Aquele seca medonha
Fez tudo se trapaiá
Não nasceu capim no campo
Para o gado sustentá
O sertão esturricou
Fez o açude secá
Morreu minha vaca Estrela
Se acabou meu boi Fubá
Perdi tudo quando eu tinha
Nunca mais pude aboiá
Eia
Eh eh eh eh vaca Estrela
Oh oh oh oh boi Fubá
E hoje nas terras do sul
Longe do torrão natá
Quando vejo em minha frente
Uma boiada passá
As águas corre dos óio
Começo logo a chorá
Me lembro da vaca Estrela,
Me lembro do boi Fubá
Com sodade do nordeste
Dá vontade de aboiá
Eia
Eh eh eh eh vaca Estrela
Oh oh oh oh boi Fubá

Vozes da seca
Luiz Gonzaga / Zé Dantas
Seu doutô os nordestino
Têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulista
Nessa seca do sertão
Mais doutô uma esmola
A um home qui é são
Ou lhe mata de vergonha
Ou vicia o cidadão
É por isso que pidimo
Proteção a vosmicê
Home pur nóis escuído
Para as rédias do pudê
Pois doutô dos vinte estado
Temos oito sem chuvê
Veja bem, quase a metade
Do Brasil tá sem cumê
Dê serviço a nosso povo
Encha os rio de barragem
Dê cumida a preço bom
Não esqueça a açudage
Livre assim nóis da ismola
Que no fim dessa estiage
Lhe pagamo até o júru
Sem gastar nossa corage
Se o doutor fizer assim
Salva o povo do sertão
Se um dia a chuva vim
Que riqueza pra nação
Nunca mais nóis pensa em seca
Vai dá tudo nesse chão
Cúmu vê, nosso distino
Mecê tem na vossa mão

Assum preto
Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira
Tudo em volta é só beleza
Sol de abril e a mata em flor
Mas assum preto, cego dos oio
Não vendo a luz, ai, canta de dor
Talvez por ignorança
Por maldade, das pió
Furaro os oio do assum preto
Pra ele assim, ai, canta mió
Furaro os oio do assum preto
Pra ele assim, ai, canta mió
Assum preto veve sorto
Mas não pode avoá
Mil vez a sina duma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
Mil vez a sina duma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
Assum preto o meu cantá
É tão triste como o teu
Também robaro o meu amô
Que era a luz, ai, dos olhos meus
Também robaro o meu amô
Que era a luz, ai, dos olhos meus.
Bonde camarão
Cornélio Pires / Mariano
Aqui em São Paulo o que mais me amola
São esses bondes que nem gaiola
Cheguei abrir uma portinhola
Levei um tranco e quebrei a viola
Inda pus o dinheiro na caixa da esmola
Chegou um véio se faceirando
Levou um tranco e foi cambeteando
Beijou uma véia e saiu bufando
Sentou de um lado e garrou suando
Pra mode o vizinho tá catingando
Entrou uma moça se arrequebrando
No meu colo ela foi sentando
Pra mode o bonde que estava andando
Sem a tal zinha estar esperando
Eu falo claro, eu fiquei gostando
Entrou um padre bem barrigudo
Levou um tranco dos bem graúdo
Deu um abraço num bigodudo
Protestante dos carrancudo
Que deu cavaco com o batinudo
Eu vou-me embora para minha terra
Esta porquera inda me inguerra
Este povo inda sobe a serra
Pra mode a Light que os dente ferra
Nos passageiro que grita a berra

Asa branca
Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira
Quando oiei a terra ardendo
Qual foguêra de São João
Eu perguntei-ei a Deus do céu, ai
Pru que tamanha judiação?
Qui brazero, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa-branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração.
Hoje longe muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva caí de novo
Pra mim vortá pro meu sertão
Quando o verde dos teus óios
Se espaiá na prantação
Eu te asseguro, num chore não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração

Coração sertanejo
Neuma Morais / Neon Morais
Andei, andei, andei
Até encontrar
Este amor tão bonito
Que me faz parar
Neste pedaço do chão
No coração do sertão
Encontrei meu lugar
Tem peão de boiadeiro
Que vive a laçar
Tem tanto amor verdadeiro
Que nunca vai faltar
Lenda de animais e rios
Aves, flores, desafios
Este é o meu lugar
E no final do dia
O fogo faz companhia
E um violeiro toca pra gente sonhar
Aqui não se vê tristeza
Em meio a natureza
No coração sertanejo
É que é o meu lugar

Calango
Alvarenga / Ranchinho Capitão Furtado
É do calango
É do calango do joá
Aprendi a cantar calango
Numa noite de natá
Bebendo café com leite
E bolinho de fubá
É do calango
É do calango do joá
Bebi leite de cem vacas
Na porteira do curral
Não bebi de cento e vinte
Porque não quizeram dar
É do calango
É do calango do joá
Que eu andei cinqüenta léguas
No lombo de uma preá
Mandioca no tipiti
Dá farinha e dá jubá
É do calango
É do calango do joá
Esta moda do calango
Vou cantando sem parar
Canto a moda do calango
Até o canto melhorar
É do calango
É do calango do joá
Menina de onze anos
Chora pra me acompanhar
Quem não tem peneira fina
Não pode coar fubá
É do calango
É do calango do joá
Farra de peão
Carlos Paraná
Companheiro, vamos conhecer
O que os outros têm pra nos dizer
Companheiro, vamos acompanhar
Nossa festa tá prá começar
Não precisa nem se conversar
Mano véio, vamos se juntar
Deu saudade, vamos viajar
Nas estradas e noite de sertão
Muita farra em festa de peão
Muita cantoria e amor no coração
Mano véio, vamos conversar
Balanceia, vamos balancear
Tem viola e tem cateretê
Rasta-pé vai até o amanhecer
Tem rodeio muito bom
Pra gente ver
Tem moça bonita pra se olhar
E tem lembrança boa pra contar
Menina do corpinho violão
Na despedida a gente sente uma paixão
Ei meu velho companheiro

Maringá
Joubert De Carvalho
Foi numa leva
Que a cabocla Maringá
Ficou sendo a retirante
Que mais dava o que falá
E junto dela
Veio alguém que suplicou
Prá que nunca se esquecesse
De um caboclo que ficou
Maringá, Maringá
Depois que tu partiste
Tudo aqui ficou tão triste
Que eu garrei a imaginá
Maringá, Maringá
Para havê felicidade
É preciso que a saudade
Vá batê noutro lugá
Maringá, Maringá
Volta aqui pro meu sertão
Prá de novo o coração
De um caboclo assussegá
Antigamente
Uma alegria sem igual
Dominava aquela gente
Da cidade de Pombal
Mas veio a seca
Toda chuva foi-se embora
Só restando então as águas
Dos meus óio quando chora

O xote das meninas
Zé Dantas / Luiz Gonzaga
Mandacaru quando fulora na seca
É um sinal que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjoa de boneca
É sinal que o amô
Já chegou no coração
Meia cumprida não quer mais sapato baixo
O vestido bem cintado
Num qué mais vestir timão
Ela só qué
Só pensa em namorá
De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando sonhando acordada
O pai leva ao dotô a fia adoentada
Num come nem estuda
Num dorme num qué nada
Mas o dotô nem examina
Chamando o pai de lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
E que pra tal menina
Num tem um só remédio em toda medicina

Paraíba
Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira
Quando a lama virou pedra
E mandacaru secou…
Quando ribaça de sede
Bateu asas e voou…
Eu entonce vim embora,
Carregando minha dor…
Hoje eu mando um abraço
Prá ti, pequenina,
Paraíba masculina
Muié-macho, sim senhor
Paraíba masculina
Muié-macho, sim senhor
Êta, pau pereira
Que in princesa já roncou…
Êta, Paraíba,
Muié-macho, sim senhor
Êta pau pereira
Meu bodoque num quebrou…
Hoje eu mando um abraço
Prá ti, pequenina,
Paraíba masculina
Muié-macho, sim senhor
Paraíba masculina
Muié-macho, sim senhor
Sodade, meu bem, sodade
Zé do Norte
Sodade, meu bem, sodade
Sodade do meu amor
Sodade, meu bem, sodade
Sodade do meu amor
Foi embora e não disse nada
Nem uma carta deixou
Os óios da cobra verde
Hoje foi que arreparei
Se arreparasse a mais tempo
Não amava a quem amei
Quem levou meu amor
Deve ser o meu amigo
Levou pena deixou glória
Levou sodade sonsigo
Arrenego de quem diz
Que o nosso amor se acabou
Ele agora está mais firme
Do que quando começou
Sodade, meu bem, sodade
Sodade do meu amor

Uirapuru
Jacobina / Murilo Latini
Uirapuru, uirapuru
Seresteiro, cantador do meu sertão
Uirapuru, uirapuru
Ele canta as mágoas do meu coração
A mata inteira fica muda ao teu cantar
Tudo se cala para ouvir tua canção
Que vai ao céu numa sentida melodia
Vai a Deus em forma triste de oração
Uirapuru, uirapuru
Seresteiro, cantador do meu sertão
Uirapuru, uirapuru
Ele canta as mágoas do meu coração
Se Deus ouvisse o que te sai do coração
Entenderia que é de dor tua canção
E dos teus olhos tanto pranto rolaria
Que daria para salvar o meu sertão
Uirapuru, Uirapuru
Seresteiro, cantador do meu sertão
Uirapuru, Uirapuru
Ele canta as mágoas do meu coração

Último pau-de-arara
Venâncio / Corumbá / Guimarães
A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão,
Mas se chover, dá de tudo,
Fartura tem de montão!
Tomara que chova logo,
Tomara, meu Deus, tomara!
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara!
Enquanto a minha vaquinha
Tiver um couro e um osso
E puder com o chocalho,
Pendurado no pescoço,
Eu vou ficando por aqui.
Que Deus do céu me ajude!
Quem foge da terra natal,
Em outros cantos não pára.
Só deixo meu Cariri
No último pau-de-arara!

Saudade da minha terra
Goiá / Belmonte
De que me adianta viver na cidade,
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração,
Lá pro meu sertão eu quero voltar.
Ver a madrugada, quando a passarada,
Fazendo alvorada, começa a cantar.
Com satisfação, arreio o burrão,
Cortando estradão, saio a galopar.
E vou escutado o gado berrando,
Sabiá cantando, jequitibá.
Por Nossa Senhora, meu sertão querido,
Vivo arrepedido, por ter te deixado
Nesta nova vida, aqui da cidade,
De tanta saudade, eu tenho chorado
Aqui, tem alguém, diz que me quer bem,
Mas não me convém, eu tenho pensado,
Eu fico com pena, mas esta morena,
Não sabe o sistema que eu fui criado
Tô aqui, cantando, de longe escutando,
Alguém está chorando, com rádio ligado.
Que saudade imensa do campo e do mato,
Do manso regado que corta as campinas,
Aos domingos, eu ia passear de canoa,
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança daquelas festanças.
Onde tinha dança e lindas meninas.
Eu vivo, hoje em dia, sem ter alegria.
O mundo judia, mas, também, ensina
Estou contrariado, mas não derrotado,
Eu sou bem guiado pelas mãos divinas.
Prá minha mãezinha já telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Prá terra querida, que me viu nascer
O nhambú pintado no escurecer
A lua prateada clareando a estrada
A relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir prá ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer.

A vida do viajante
Luiz Gonzaga / Hervê Cordovil
Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa sigo o roteiro
Mais uma estação
E alegria no coração
Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Mar e terra
Inverno e verão
Mostro o sorriso
Mostro a alegria
Mas eu mesmo, não
E a saudade no coração

Carro de boi
Tonico
Meu véio carro de boi, pouco a pouco apodrecendo
Na chuva sor e sereno, sozinho, aqui desprezado
Hoje ninguém mais se alembra que ocê abria picada
Abrindo novas estradas, formando vila e povoado
Meu véio carro de boi trabaiaste tantos anos
O progresso comandando no transporte do sertão
Hoje é um traste véio, apodreceu no relento
No museu do esquecimento, da consciência do patrão
Meu véio carro de boi, a sua cantiga amarga
No peso bruto da carga, o seu coção ringido
Meu véio carro de boi, quantas coisa ocê retrata
A estrada e a verde mata, e o tempo de meu amô
Meu véio carro de boi, é o fim da estrada comprida
Puxando a carga da vida a mais pesada bagage
E abraçando o cabeçaio, o nome dos boi dizendo
O carneiro foi morrendo, chegou no fim da viagem

Oração de camponês
Xavantinho
Meu lugar é um recanto de beleza
A natureza que me deu como presente
Finquei meu rancho lá na beira do caminho
Junto a um corguinho de água limpinha e corrente
Tirei o mato e acariciei a terra
Boa semente eu plantei naquele chão
E fiz pedido a minha Santa Padroeira
Prá não deixar faltar a chuva no sertão
O tempo passa e a luta não termina
A chuva fina continua com seu véu
Igual a eu outro roceiro agradece
Deus nas alturas e os milagres no céu
Um manto verde tomou conta do roçado
Formou-se um quadro
No azul da imensidão
E na certeza de uma colheita farta
De tudo aquilo que plantei
Com minhas mãos
E para o ano a labuta continua
Lavrando a terra com carinho e devoção
Eu agradeço a minha Santa Padroeira
Quando não deixou faltar a chuva no sertão
O tempo passa e a luta não termina
A chuva fina continua com seu véu
Igual a eu outro roceiro agradece
Deus nas alturas e os milagres do céu


Homenagem ao homem do campo,em especial o sertanejo, trabalhador e corajoso guerreiro que tanto contribui para a riqueza e desenvolvimento do país.
Parabéns!
Sinceramente,
Luciene.

Dia das Mães



Domingo, 9 de maio de 2010
Mãe

Conjunto de todas as premissas e bênçãos.


A dedicação e o amor faz todo o seu ser trabalhar em função dos filhos e da família.

Os pés andam em busca do bem estar de cada um. Faz mil voltas para atendê-los. Na doença, anda incansavelmente pra lá e pra cá. Conduz na direção da escola, do parque e da Igreja.

As mãos dão toque de segurança e de carinho.

Os braços – embalam os filhos ao som das belas canções infantis. Membros que simbolizam um dos mais belos atos do ser humano, o abraço. Ao ser abraçada, a criança sente-se segura e amada.

A barriga – quanta proteção! Invólucro onde se fica por nove meses sobre o desenvolvimento das grandes Leis.

Os seios – fonte de esperança para uma vida saudável, raiz que nutre, alimenta e revigora.

A boca – através dessa cavidade, a mamãe expressa todo o seu ensinamento, começando pelas primeiras palavrinhas: mamãe, papai, vovô, titio, titia, água, entre outros. É daí que também parte a linguagem do amor e do respeito, que se realizam com excelência, cada vez mais.

A voz – ao ouvir o som da voz da mamãe, a criança fica saltitante, vibra de alegria. É essa voz que o faz dormir com as cantigas de ninar e as fabulosas histórias infantis. Passe o tempo que passar, nenhum filho esquece, mesmo aqueles mais ingratos.

Os olhos – com eles, acredita-se na possibilidade de captura pelo olhar atento e generoso, ajudando o filho, por quem responde, a se realizar.

A cabeça – trata-se fundamentalmente da sede da inteligência, do pensamento, e da razão. Bússola que dá norte a sua prole. Mesmo sabendo que a rota de algum dos seus filhos foi desviada, ela não pára a sua viagem; continua remando e passando muitas vezes por difíceis tempestades.

O coração – o coração das mães é diferente de todos os demais corações humanos. E não poderia ser diferente, pois, o coração da Virgem Maria é espelho de misericórdia, entendimento, caridade, generosidade e amor. Consubstanciar o que a cabeça determina e o coração aceita, faz da mamãe a criatura de identidade peculiar.

Fiz esta mensagem para todas as mães que assim como Maria Santíssima cumprem a missão diária de proteger e velar pelos seus filhos.

Um abraço fraterno,

Lindinalva.

Custódia, 09 de maio de 2010.

domingo, 9 de maio de 2010

Dia das Mães

Homenagem as Mães


Mãe um anjo do Céu
Que hoje o teu dia seja repleto de beijos, abraços fraternos, aconchego e agradecimento a Deus. Que o teu olhar possa sempre transmitir compaixão, serenidade e, sobretudo amor.
Que hoje mais do que nunca você esteja encorajada a pronunciar palavras de fé e de amor; que tua presença traga sempre a paz e a palavra de conforto para melhorar a auto-estima daqueles que se sentem humilhados diante da sociedade.
Que ao repousar sinta alegria pela grandeza do teu coração, do dever cumprido e na conversa com Deus possa conseguir enxergar a paz e o afago que vem de Deus.

Parabéns e Feliz Dia das Mães!
Carinhosamente,
Luciene Pinto

sábado, 1 de maio de 2010

Datas Comemorativas do Mês de Maio

01 • Dia Mundial do Trabalho
02 • Dia Nacional do Ex-combatente
02 • Dia do Taquígrafo
03 • Dia do Sertanejo
05 • Dia de Rondon
05 • Dia da Comunidade
05 • Dia Nacional do Expedicionário
05 • Dia do Artista Pintor
05 . Dia do Marechal Rondon
06 • Dia do Cartógrafo
07 • Dia do Oftalmologista
07 • Dia do Silêncio
08 • Dia da Vitória
08 • Dia do Profissional Marketing
08 • Dia do Artista Plástico
08 • Internacional da Cruz Vermelha
09 • Dia da Europa
09 . Dia das Mães (data móvel)
10 • Dia da Cavalaria
10 • Dia do Campo
11 • Integração do Telégrafo no Brasil
12 • Dia Mundial do Enfermeiro
13 • Abolição da Escravatura
13 • Dia da Fraternidade Brasileira
13 • Dia do Automóvel
14 • Dia Continental do Seguro
15 • Dia do Assistente Social
15 • Dia do Gerente Bancário
16 • Dia do Gari
17 • Dia Internacional da Comunicação e das Telecomunicações
17 • Dia da Constituição
18 • Dia dos Vidreiros
18 • Dia Internacional dos Museus
19 • Dia dos Acadêmicos do Direito
20 . Ascensão do Senhor
20 • Dia do Comissário de Menores
21 • Dia da Língua Nacional
22 • Dia do Apicultor
23 • Dia da Juventude Constitucionalista
24 • Dia da Infantaria
24 • Dia do Datilógrafo
24 • Dia do Detento
24 • Dia do Telegrafista
24 • Dia do Vestibulando
25 • Dia da Indústria
25 • Dia do Massagista
25 • Dia do Trabalhador Rural
25 . Dia do Vigilante
27 • Dia do Profissional Liberal
29 • Dia do Estatístico
29 • Dia do Geógrafo
30 • Dia do Geólogo
30 • Dia das Bandeiras
31 • Dia do Comissário de Bordo
31 • Dia Mundial das Comunicações Sociais
31 • Dia do Espírito Santo

1° de Maio – Dia do Trabalho


Quero parabenizar todas as pessoas que contribuem para o desenvolvimento da nação através do trabalho, em especial aos professores, formadores de opiniões que preparam as gerações e demais categorias.
Que cada trabalhador deste pais possa sentir hoje a alegria e a satisfação de fazer parte do progresso que somente o trabalho é capaz de proporcionar.
Colega professor,
Em homenagem ao dia do trabalho escolhi este vídeo especialmente para você. Observe nele o compromisso da nossa sublime missão.

Carinhosamente,
Luciene Pinto.